SINTO, como sinto, Deus meu, como sinto,
sinto que os dias que vivi, até ora
pouco me ofereceram, pouco me deram, me entregaram,
a mim,
sinto, e busco dentro, o porque de sentir o que sinto, porque nada me resplandece
porque, desde que acordo até que me deito
a vida segue igual, sempre
busco, e não sei como fazer,
não entendo o mundo onde estou
suas regras, injustas, doridas
e aqui me sinto presa, sempre...
e no sentir
com regras, e por vezes,
sem regras, sem rumo...
sem perceber porque aqui vim
porque me sinto castigada, por algo que nem sei o porquê
que nem sei o que fiz
para merecer, ser obrigada,
a sentir, e vivenciar, na pele, dentro
a dor, mental, a do espírito, a que mais dói
a que mais me doeu, até ora,
e tudo que me magoa, segue magoando,
desde que me sinto gente e tenho memória, de mim..
todos os dias, iguais, mesmo que uns doiam mais que os outros,
todos doiem, e vão me matando,
retirando-me a ilusão da liberdade
liberdade que sempre sonhei, sempre almejei
e que nunca alcançei, aqui
e porque a sinto, a reconheço, sinto atrozmente falta dela
sei que já a vivi, dentro de mim
não sei onde nem em que instantes
por isso, sei,
a liberdade que procuro, que me faz falta para respirar e viver
não é deste mundo!!
Sem comentários:
Enviar um comentário