e nos meus desvaneios, mais um dia passado, e porque a mente nunca pára... penso
tenho pensado, quando a vida me dá oportunidade de parar, por momentos, nem que seja apenas para saborear um cigarro, e a mente corre, mas pára ao mesmo tempo, num pensar ...
pergunto-me mais uma vez o que faço aqui!!
no rodopiar interno da minha busca constante de saber quem sou, apesar de atrás no meu tempo nem sempre ter ocorrido assim, porque, nesses tempos me encontrava presa apenas nos meus viveres, diários, e problemas por resolver. apesar de sentir a dor dentro a cada segundo, não a procurava, o seu saber, apenas sentia, e doia... como doia...
mas algures no tempo, que correu em mim, surpreendi-me a questionar-me a mim mesma, o porque daquilo que vivia, vivi, e me transtornava por dentro, sem encontrar a sua razão,
e nessa busca encontrei um ser frágil, que sentia dores internas, que não se compreendia, nem ao mundo que a rodeava, nem com quem ela travava, descobrindo também que não, nunca se amou, não se procurou, apenas se entregava à vida, dia a dia, como um relógio que obrigado a seguir a corda que lhe foi dada, sem pedir, ia batendo a hora quando chegava o momento!!
e. num momento, num momento apenas, decidi entrar no jogo da vida, e na procura das suas regras, que seriam as minhas para conseguir chegar ao seu fim e ganhar, fui descobrindo, o que sou, realmente sou ....
e vim a saber descobrir, que sou apenas eu, com as minhas dores, as minhas ansias, os meus desejares, as minhas ilusões, os meus desejos,
e descobri também que o que vivo, aqui, só eu o vivo, particularmente, e mais ninguém o vive como eu o vivo, ninguém sente o que eu sinto, senti, em cada momento da minha vida, e sou uma caixa cheia de surpresas que se revelam dia a dia, e que as que passaram trouxeram-me apenas sabedoria, em mim, e me fizeram compreender, na alma, que só vivendo, dia a dia, e todo o vivido até ora, formou o ser que sou,
sabendo, no entanto, que a busca que começei ainda não terminou, apenas começou, continuo em cada momento que respiro encontrar-me a mim mesma, neste rodopiar constante que a vida me entrega, chegando à conclusão que, somente com o passado sentido e tudo que ele me entregou, e o presente me entrega, segundo que passa, e até ao fim de mim mesma, chegarei a subir um degrau apenas, na vastidão do caminho que me propaguei a seguir, desde o momento que consenti saber .. quem eu realmente sou ....
Analuz
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