Vivemos a cultura do gerenciamento e do controle. Tentamos controlar o tempo, as pessoas, os riscos, o estresse, as crises etc. A ânsia pelo controle é descabida e insana, quando temos a pretensão de controlar o que não é possível. Não há uma pessoa que, de alguma forma, não tenha problemas com o gerenciamento do tempo. Grande parte se queixa da dificuldade em se fazer tudo o que precisa ser feito dentro dos prazos, dar atenção adequada aos filhos e dedicar mais tempo ao lazer e a si mesmo. O grande dilema da vida moderna é como manter ou melhorar o desempenho no trabalho e preservar a qualidade de vida.
Parte da resposta encontrei num dos livros mais interessantes que li recentemente, intitulado “Envolvimento Total: gerenciando a energia e não o tempo”, do psicólogo americano Jim Loehr, que desenvolveu um método nos EUA chamado Atleta Corporativo®. Ele defende uma tese, que concordo totalmente, em que o foco do desempenho deve ser pessoal, íntimo e começa pela capacidade física, emocional, mental e espiritual do indivíduo. Não se trata de um novo paradigma, mas sim do resgate de um antigo conceito já defendido e estruturado por métodos orientais, como o yoga, tai chi, entre outros, em que o desempenho depende da quantidade e da qualidade da energia e não do gerenciamento eficaz do tempo.
Não quero dizer que gerenciar o tempo, adequadamente, não seja importante para melhorar o desempenho, mas manter o foco exclusivamente nisso, hoje em dia, não traz mais resultados. De fato, o tempo é um fenômeno que não gerenciamos, ele é um continum onde acontecem eventos gerados por nós. Podemos sim, desenvolver competências para aproveitá-lo melhor. Para ilustrar, imagine o tempo como uma grande onda e cada um de nós como um surfista. Este, por sua vez, não tem nenhuma pretensão em “gerenciar” a onda, mas apenas usufruir dela. Portanto, seu foco está em gerenciar a si mesmo, onde o seu desempenho depende diretamente de seu conjunto de competências, capacidades físicas, cognitivas e metodológicas para usufruir a onda e ficar ileso.
Mas quando se fala em energia, não se trata daquela no plano místico, mas no físico. Estou falando de reações químicas que acontecem em nosso corpo, do ATP que gera energia celular e que nos faz funcionar e viver. Estou falando do perfeito funcionamento do corpo e do cuidado para mantê-lo perfeito por longo tempo. Estou falando de saúde e que não há atalhos para mantê-la, a não ser o hábito consciente e a responsabilidade. Estou simplesmente falando do óbvio.
O fato é que nós somos feitos de energia. Nosso corpo é quente, pulsa, reage aos estímulos e um dia apagará. Somos um “pacotão” formado por corpo, mente, emoção e espírito – uma mesma energia que possui aspectos densos e sutis. Obviamente, o desempenho na vida é diretamente proporcional à quantidade e qualidade da energia que temos. E de onde vem essa energia?
Basicamente, a produção e a manutenção da energia vem do que chamo de “tripé da saúde”, formado pelo estímulo ou movimento, adquirido através da atividade (física, mental e emocional), da recuperação que promovemos através do descanso e do sono adequado e do alimento que ingerimos (qualidade e quantidade adequadas).
Se somos energia, então, só precisamos aprender a gerenciá-la. Nosso corpo é um verdadeiro dínamo. Quando estimulado é realimentado e gera mais energia. Por isso, a atividade física é tão importante.
Quanto à recuperação, a qualidade e a quantidade adequada de sono são fundamentais. Há inúmeras pesquisas que demonstram o estrago que a falta de sono gera no organismo, prejudicando o equilíbrio emocional e psíquico do indivíduo. A falta de sono consome uma quantidade imensa de energia. Então, jamais tire do sono o tempo que lhe falta.
Sobre os alimentos – a principal fonte de energia para o corpo – as negligências são ainda mais graves. Um dia desses, almoçando numa lanchonete na avenida Paulista, uma linda moça sentou-se ao meu lado e devorou uma barra enorme de chocolate e um suco de laranja. Esse foi seu almoço. Pensei: “se continuar assim, além de perder sua beleza, também vai perder a saúde.”
Não quero fazer nenhuma apologia à alimentação natural, mas a base de uma alimentação saudável deve ser de alimentos crus, energéticos ou de alta combustão. São as castanhas, mel, frutas, óleos vegetais extraídos a frio (como azeite de oliva e de gergelim), verduras e legumes in natura que geram o que se pode chamar de “energia limpa”, isto é, energia de melhor qualidade e pouco resíduo para a célula. Esses alimentos são absorvidos rapidamente e não exigem muita energia do corpo para limpar seus resíduos.
Tão importante quanto saber o que comer, é saber como comer. Alguns povos do Oriente e da região mediterrânea fazem da refeição um momento de deleite e prazer. Para esses povos, é inconcebível devorar a comida, pois acreditam que a serenidade durante a refeição melhora a absorção dos nutrientes. Manter uma atitude receptiva com o alimento é uma atitude sábia, já praticada por nossos avós.
Vivemos numa correria insana. Buscamos a eficiência e a rapidez nas respostas, esquecendo que tudo que é feito muito rápido, sem consciência do que se faz, muitas vezes, implica em re-trabalho. E sabemos que refazer não é sinônimo de gerência eficaz. Fazer pausas conscientes é fundamental para recompor as energias e manter o desempenho em alta.
O homem moderno negligencia sua saúde e suas ações porque acredita, equivocadamente, que é infalível. O fato de aceitar que somos falíveis, de que não somos eternos (na vida e nos cargos) nos faz ficarmos mais atentos e responsáveis com nossa saúde e ações. Gerenciar a energia física, mental e emocional é uma obrigação de cada um. A natureza nos dá aquilo que damos a ela.
Outro aspecto que determina a quantidade e a qualidade da energia é a capacidade física do indivíduo. Na área esportiva, a capacidade física do atleta é medida pelo grau de flexibilidade, resistência, força e velocidade, e o atleta que consegue desenvolver essas quatro capacidades juntas, tem um desempenho acima da média. E isso se aplica também às pessoas comuns.
Pela minha experiência, a única atividade física que desenvolve simultaneamente essas quatro capacidades é o yoga, mais especificamente uma técnica chamada Ashtanga Vinyasa Yoga. Por ser uma técnica 99% experimental, a prática regular funciona como laboratório para a vida. Os ásanas (como chamamos os exercícios) exigem flexibilidade, resistência, força e agilidade. Esse estímulo consciente desenvolve essas capacidades no indivíduo. Como o yoga é um método sistêmico, quando se conquistam essas capacidades no físico, há uma conquista em todos os outros aspectos (mental e emocional). E diante das exigências a qual estamos expostos, é desejável ter resistência emocional, flexibilidade mental e firmeza em seus valores de vida? Creio que sim. No entanto, não há fórmula mágica para gerar energia, mas sim esforço consciente, disciplina e disposição.
Parte da resposta encontrei num dos livros mais interessantes que li recentemente, intitulado “Envolvimento Total: gerenciando a energia e não o tempo”, do psicólogo americano Jim Loehr, que desenvolveu um método nos EUA chamado Atleta Corporativo®. Ele defende uma tese, que concordo totalmente, em que o foco do desempenho deve ser pessoal, íntimo e começa pela capacidade física, emocional, mental e espiritual do indivíduo. Não se trata de um novo paradigma, mas sim do resgate de um antigo conceito já defendido e estruturado por métodos orientais, como o yoga, tai chi, entre outros, em que o desempenho depende da quantidade e da qualidade da energia e não do gerenciamento eficaz do tempo.
Não quero dizer que gerenciar o tempo, adequadamente, não seja importante para melhorar o desempenho, mas manter o foco exclusivamente nisso, hoje em dia, não traz mais resultados. De fato, o tempo é um fenômeno que não gerenciamos, ele é um continum onde acontecem eventos gerados por nós. Podemos sim, desenvolver competências para aproveitá-lo melhor. Para ilustrar, imagine o tempo como uma grande onda e cada um de nós como um surfista. Este, por sua vez, não tem nenhuma pretensão em “gerenciar” a onda, mas apenas usufruir dela. Portanto, seu foco está em gerenciar a si mesmo, onde o seu desempenho depende diretamente de seu conjunto de competências, capacidades físicas, cognitivas e metodológicas para usufruir a onda e ficar ileso.
Mas quando se fala em energia, não se trata daquela no plano místico, mas no físico. Estou falando de reações químicas que acontecem em nosso corpo, do ATP que gera energia celular e que nos faz funcionar e viver. Estou falando do perfeito funcionamento do corpo e do cuidado para mantê-lo perfeito por longo tempo. Estou falando de saúde e que não há atalhos para mantê-la, a não ser o hábito consciente e a responsabilidade. Estou simplesmente falando do óbvio.
O fato é que nós somos feitos de energia. Nosso corpo é quente, pulsa, reage aos estímulos e um dia apagará. Somos um “pacotão” formado por corpo, mente, emoção e espírito – uma mesma energia que possui aspectos densos e sutis. Obviamente, o desempenho na vida é diretamente proporcional à quantidade e qualidade da energia que temos. E de onde vem essa energia?
Basicamente, a produção e a manutenção da energia vem do que chamo de “tripé da saúde”, formado pelo estímulo ou movimento, adquirido através da atividade (física, mental e emocional), da recuperação que promovemos através do descanso e do sono adequado e do alimento que ingerimos (qualidade e quantidade adequadas).
Se somos energia, então, só precisamos aprender a gerenciá-la. Nosso corpo é um verdadeiro dínamo. Quando estimulado é realimentado e gera mais energia. Por isso, a atividade física é tão importante.
Quanto à recuperação, a qualidade e a quantidade adequada de sono são fundamentais. Há inúmeras pesquisas que demonstram o estrago que a falta de sono gera no organismo, prejudicando o equilíbrio emocional e psíquico do indivíduo. A falta de sono consome uma quantidade imensa de energia. Então, jamais tire do sono o tempo que lhe falta.
Sobre os alimentos – a principal fonte de energia para o corpo – as negligências são ainda mais graves. Um dia desses, almoçando numa lanchonete na avenida Paulista, uma linda moça sentou-se ao meu lado e devorou uma barra enorme de chocolate e um suco de laranja. Esse foi seu almoço. Pensei: “se continuar assim, além de perder sua beleza, também vai perder a saúde.”
Não quero fazer nenhuma apologia à alimentação natural, mas a base de uma alimentação saudável deve ser de alimentos crus, energéticos ou de alta combustão. São as castanhas, mel, frutas, óleos vegetais extraídos a frio (como azeite de oliva e de gergelim), verduras e legumes in natura que geram o que se pode chamar de “energia limpa”, isto é, energia de melhor qualidade e pouco resíduo para a célula. Esses alimentos são absorvidos rapidamente e não exigem muita energia do corpo para limpar seus resíduos.
Tão importante quanto saber o que comer, é saber como comer. Alguns povos do Oriente e da região mediterrânea fazem da refeição um momento de deleite e prazer. Para esses povos, é inconcebível devorar a comida, pois acreditam que a serenidade durante a refeição melhora a absorção dos nutrientes. Manter uma atitude receptiva com o alimento é uma atitude sábia, já praticada por nossos avós.
Vivemos numa correria insana. Buscamos a eficiência e a rapidez nas respostas, esquecendo que tudo que é feito muito rápido, sem consciência do que se faz, muitas vezes, implica em re-trabalho. E sabemos que refazer não é sinônimo de gerência eficaz. Fazer pausas conscientes é fundamental para recompor as energias e manter o desempenho em alta.
O homem moderno negligencia sua saúde e suas ações porque acredita, equivocadamente, que é infalível. O fato de aceitar que somos falíveis, de que não somos eternos (na vida e nos cargos) nos faz ficarmos mais atentos e responsáveis com nossa saúde e ações. Gerenciar a energia física, mental e emocional é uma obrigação de cada um. A natureza nos dá aquilo que damos a ela.
Outro aspecto que determina a quantidade e a qualidade da energia é a capacidade física do indivíduo. Na área esportiva, a capacidade física do atleta é medida pelo grau de flexibilidade, resistência, força e velocidade, e o atleta que consegue desenvolver essas quatro capacidades juntas, tem um desempenho acima da média. E isso se aplica também às pessoas comuns.
Pela minha experiência, a única atividade física que desenvolve simultaneamente essas quatro capacidades é o yoga, mais especificamente uma técnica chamada Ashtanga Vinyasa Yoga. Por ser uma técnica 99% experimental, a prática regular funciona como laboratório para a vida. Os ásanas (como chamamos os exercícios) exigem flexibilidade, resistência, força e agilidade. Esse estímulo consciente desenvolve essas capacidades no indivíduo. Como o yoga é um método sistêmico, quando se conquistam essas capacidades no físico, há uma conquista em todos os outros aspectos (mental e emocional). E diante das exigências a qual estamos expostos, é desejável ter resistência emocional, flexibilidade mental e firmeza em seus valores de vida? Creio que sim. No entanto, não há fórmula mágica para gerar energia, mas sim esforço consciente, disciplina e disposição.
Pela experiência, percebo que quando o indivíduo conquista e mantêm essas quatro características de excelência pessoal e consegue gerenciar suas energias através do estímulo, do repouso e da alimentação adequada, naturalmente ele passa a ser mais resiliente, isto é, responde melhor a qualquer estímulo ameaçador, como o estresse, a pressão por resultados, o excesso de trabalho etc.
Devemos lembrar que a saúde é um bem finito, assim como a água. Se não soubermos usar, um dia acaba e depois é muito difícil recuperá-la. Cuidar da saúde com consciência e respeito é o segredo da boa vida.
Essa abordagem não mostra nenhuma novidade, apenas procura resgatar a sabedoria natural de nossa estrutura da qual o homem moderno, gradativamente, vem se afastando e o foco passa para uma esfera onde temos a possibilidade de controlar – nosso corpo, hábitos de vida e atividade mental. E que o desempenho na vida depende de um corpo mais preparado, uma percepção mais aguçada e de ações mais conscientes e menos mecânicas. Assim, o desempenho elevado será um resultado natural, sem muito desgaste.
Já estamos repletos de dicas e receitas que nos dizem “o que fazer”, mas minha dica é procurar prestar mais atenção em “como fazer”. Energia elevada é ação concentrada com mínimo esforço e o máximo de resultados.
Quer melhorar o seu desempenho na vida? Então aumente suas capacidades e sua consciência.
Devemos lembrar que a saúde é um bem finito, assim como a água. Se não soubermos usar, um dia acaba e depois é muito difícil recuperá-la. Cuidar da saúde com consciência e respeito é o segredo da boa vida.
Essa abordagem não mostra nenhuma novidade, apenas procura resgatar a sabedoria natural de nossa estrutura da qual o homem moderno, gradativamente, vem se afastando e o foco passa para uma esfera onde temos a possibilidade de controlar – nosso corpo, hábitos de vida e atividade mental. E que o desempenho na vida depende de um corpo mais preparado, uma percepção mais aguçada e de ações mais conscientes e menos mecânicas. Assim, o desempenho elevado será um resultado natural, sem muito desgaste.
Já estamos repletos de dicas e receitas que nos dizem “o que fazer”, mas minha dica é procurar prestar mais atenção em “como fazer”. Energia elevada é ação concentrada com mínimo esforço e o máximo de resultados.
Quer melhorar o seu desempenho na vida? Então aumente suas capacidades e sua consciência.
Por:
Carlos Legal
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